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Sismo em Sines lembra portugueses: 47% das casas não têm seguro. É preciso agir já.

  • Foto do escritor: DS Private Porto Foz
    DS Private Porto Foz
  • 28 de ago. de 2024
  • 8 min de leitura

No último dia 26 de agosto de 2024, um sismo de magnitude 5,4 na escala de Richter sacudiu Portugal continental. O epicentro do abalo sísmico foi localizado ao largo de Sines, uma cidade costeira no sudoeste do país.


Embora um terramoto de magnitude 5,4 seja considerado moderado, ele foi sentido de forma significativa em várias regiões de Portugal continental. Relatos de moradores indicam que o tremor foi percebido em Lisboa, Setúbal, Beja e outras áreas circundantes.


Sismos dessa magnitude podem causar danos leves a estruturas, como rachaduras em paredes e vidros quebrados. No entanto, não houve relatos imediatos de danos graves ou feridos. As autoridades locais continuam avaliando a situação e monitorando possíveis réplicas.


É importante ressaltar que Portugal se encontra numa região de atividade sísmica moderada, sendo necessária a adoção de medidas preventivas e a conscientização da população sobre como agir em caso de terramotos. Eventos como este servem como um lembrete da importância de estar preparado e ter planos de emergência adequados.


Baixa Cobertura de Seguros para Riscos Sísmicos


Segundo dados revelados pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS), a cobertura de riscos sísmicos nas apólices de seguro residencial em Portugal é extremamente baixa. De acordo com as estatísticas, apenas 19% das habitações em Portugal continental possuem cobertura para danos causados por sismos.


Ainda mais alarmante é o fato de que 47% das residências não possuem qualquer tipo de seguro, deixando os proprietários totalmente desprotegidos em caso de catástrofes naturais, como terramotos. Além disso, 34% das habitações possuem apólices de seguro, mas sem a cobertura específica para riscos sísmicos.


Essas estatísticas destacam a vulnerabilidade significativa da população portuguesa a potenciais perdas financeiras devastadoras, caso ocorra um sismo de grande magnitude no país. A falta de cobertura adequada pode resultar em dificuldades econômicas severas para muitas famílias, que podem perder suas casas e pertences sem ter como recorrer a uma indenização pelos danos sofridos.


Apelo da APS para Mecanismo de Proteção contra Sismos


A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) está a apelar ao Governo para criar um mecanismo que ajude a proteger os cidadãos e suas habitações contra as possíveis perdas e danos causados por sismos intensos. Este apelo surge na sequência do sismo de magnitude 5,4 que abalou Portugal continental na segunda-feira, servindo como um lembrete dos riscos sísmicos significativos que o país enfrenta.


De acordo com os dados da APS, apenas 19% das habitações em Portugal têm cobertura de seguro para risco sísmico. Além disso, 47% das habitações não têm qualquer tipo de seguro, enquanto 34% possuem seguros que não cobrem danos causados por terremotos. Esta situação deixa uma grande parte da população vulnerável a perdas financeiras significativas no caso de um sismo de grande magnitude.


O mecanismo proposto pela APS visa fornecer assistência e recursos para ajudar os cidadãos a recuperar e reconstruir após um evento sísmico grave. Isso pode incluir a disponibilização de fundos de emergência, programas de reconstrução de habitações, assistência temporária de abrigo e outras medidas de apoio.


A APS enfatiza a importância de uma abordagem proativa e preventiva para lidar com os riscos sísmicos, em vez de reagir apenas após a ocorrência de um desastre. Ao criar um mecanismo de proteção abrangente, o Governo pode ajudar a mitigar os impactos econômicos e sociais de um terremoto de grande escala, garantindo que os cidadãos tenham os recursos necessários para se recuperar e reconstruir suas vidas.


Risco Sísmico em Portugal Continental


Portugal continental está situado numa região de atividade sísmica moderada, devido à sua localização próxima à fronteira entre as placas tectônicas Euroasiática e Africana. Embora não seja uma das áreas mais sísmicas do mundo, o país já experimentou alguns terramotos significativos ao longo de sua história.


Um dos sismos mais devastadores ocorreu em 1755, quando um terremoto de magnitude estimada entre 8,5 e 9,0 atingiu a região de Lisboa. Esse evento, conhecido como o Grande Terramoto de Lisboa, causou danos catastróficos na capital portuguesa e áreas circunvizinhas, resultando em milhares de mortes e deixando a cidade em ruínas.


Mais recentemente, em 1969, um sismo de magnitude 7,9 na escala de Richter atingiu o Atlântico, a cerca de 200 km a sudoeste do Cabo de São Vicente. Embora o epicentro estivesse no mar, o terramoto foi sentido em grande parte de Portugal continental, causando danos significativos em algumas áreas.


As regiões consideradas de maior risco sísmico em Portugal continental incluem o Vale Inferior do Tejo, a região de Lisboa e Setúbal, o Algarve e o Vale do Sado. Essas áreas estão localizadas próximas a falhas geológicas ativas e têm um histórico de atividade sísmica mais intensa.


Impacto Econômico de Sismos Intensos


Um sismo intenso em Portugal pode ter um impacto econômico devastador. Além das tragédias humanas, a destruição de infraestruturas, habitações e empresas pode resultar em perdas financeiras enormes. Os custos de reconstrução de edifícios danificados ou destruídos seriam astronómicos, bem como a necessidade de reparar estradas, pontes e outras infraestruturas críticas.


Para além dos danos físicos, um sismo grave também causaria interrupções significativas nas atividades económicas. Empresas teriam de encerrar temporariamente ou permanentemente, levando a perdas de receitas e postos de trabalho. Setores como o turismo, um dos motores da economia portuguesa, seriam severamente afetados.


As perdas indiretas, como a interrupção das cadeias de abastecimento e a redução do consumo, também teriam um impacto negativo substancial na economia. A recuperação económica após um sismo intenso pode demorar anos ou mesmo décadas.


É por isso crucial que as habitações, empresas e infraestruturas tenham uma cobertura de seguros adequada contra riscos sísmicos. Embora os seguros não possam evitar a tragédia humana, podem ajudar a mitigar o impacto económico, fornecendo os fundos necessários para a reconstrução e recuperação. Sem uma cobertura de seguros suficiente, as consequências financeiras de um sismo intenso podem ser catastróficas para indivíduos, empresas e para a economia nacional.


Medidas de Prevenção e Preparação


A prevenção e preparação adequadas são cruciais para mitigar os danos causados por sismos intensos. Os cidadãos e autoridades podem tomar várias medidas para se prepararem melhor:


  • Reforço Estrutural de Edifícios


Um dos aspectos mais importantes é garantir que os edifícios residenciais e comerciais sejam construídos ou reforçados de acordo com os códigos de construção antissísmica



mais recentes. Isso envolve o uso de materiais e técnicas de construção resistentes a terremotos, como estruturas de aço ou concreto reforçado, amarrações adequadas e fundações sólidas.


  • Planos de Emergência e Rotas de Evacuação


As autoridades locais devem desenvolver e divulgar amplamente planos de emergência e rotas de evacuação claras para diferentes áreas. Esses planos devem levar em consideração os riscos específicos de cada região e fornecer orientações sobre como agir em caso de um terremoto.


  • Kits de Suprimentos e Treinamento


Os cidadãos devem ser encorajados a manter kits de suprimentos de emergência em casa, contendo itens essenciais como água engarrafada, alimentos não perecíveis, lanternas, rádios portáteis e suprimentos médicos básicos. Além disso, é importante que as pessoas sejam treinadas sobre como agir durante e após um terremoto, incluindo técnicas de primeiros socorros e resgate.


As autoridades também podem realizar exercícios de simulação regularmente, envolvendo tanto os serviços de emergência quanto a população em geral. Esses exercícios ajudam a identificar lacunas nos planos de preparação e a melhorar a coordenação e a resposta em situações reais.


  • Experiências de Outros Países com Sismos Graves


Ao analisar casos recentes de sismos graves em outras partes do mundo, podemos extrair lições valiosas e insights sobre como lidar com tais catástrofes naturais. O terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o Nepal em 2015 resultou em mais de 9.000 mortes e danos massivos à infraestrutura. Apesar dos esforços de resgate e assistência humanitária, a falta de preparação adequada e a fragilidade das construções agravaram o impacto.


Por outro lado, o terremoto de magnitude 6,7 que atingiu a Califórnia em 1994 demonstrou a importância de códigos de construção rigorosos e uma resposta de emergência coordenada. Embora tenha causado danos significativos, o número de vítimas foi relativamente baixo devido à preparação prévia e à rápida mobilização de recursos.


No México, o terremoto de magnitude 7,1 em 2017 expôs lacunas na aplicação de regulamentos de construção e na capacidade de resposta do governo. No entanto, também destacou a resiliência da sociedade civil, com voluntários desempenhando um papel crucial nos esforços de resgate e auxílio às vítimas.


Esses exemplos ressaltam a necessidade de investir em medidas preventivas, como a adoção de códigos de construção rigorosos, a realização de simulações e treinamentos regulares, e o fortalecimento dos sistemas de alerta precoce. Além disso, a cobertura adequada de seguros contra sismos pode desempenhar um papel fundamental na mitigação dos impactos financeiros e na recuperação mais rápida das comunidades afetadas.


Papel dos Seguros na Recuperação Pós-Sismo


Os seguros desempenham um papel crucial na recuperação e reconstrução após um sismo grave. Quando um terremoto atinge uma região, as perdas materiais podem ser enormes, tanto para indivíduos quanto para empresas. Nessas situações, ter uma cobertura de seguro adequada pode fazer uma grande diferença na capacidade de se reerguer e retomar a vida normal.


Para os indivíduos, os seguros podem ajudar a cobrir os custos de reparação ou reconstrução de suas residências danificadas ou destruídas pelo terremoto. Isso evita que eles tenham que arcar sozinhos com despesas significativas, permitindo que foquem seus recursos na recuperação emocional e na reorganização de suas vidas.


No caso das empresas, os seguros podem ser fundamentais para garantir a continuidade das operações após um sismo. Ao cobrir os danos às instalações, equipamentos e estoques, os seguros permitem que as empresas retomem suas atividades de forma mais rápida, evitando interrupções prolongadas que poderiam levar à falência.


No entanto, lidar com um grande número de pedidos de indenização simultaneamente após um terremoto de grande magnitude pode ser um desafio para as seguradoras. Elas precisam estar preparadas com recursos humanos e financeiros suficientes para processar esses pedidos de forma eficiente e justa. Atrasos ou falhas nesse processo podem prejudicar a recuperação de indivíduos e empresas, prolongando o sofrimento e as perdas econômicas.


Conscientização Pública e Educação sobre Riscos Sísmicos


A ocorrência do recente sismo em Portugal continental reforça a necessidade de maior conscientização pública e educação sobre os riscos sísmicos. É fundamental que a população esteja bem informada e preparada para enfrentar tais eventos naturais, que podem causar danos significativos a propriedades e, em casos extremos, perdas de vidas.


Programas educacionais nas escolas desempenham um papel crucial nesse sentido. Incluir informações sobre sismos e medidas de segurança nos currículos escolares pode ajudar a formar uma geração mais consciente e preparada. Além disso, campanhas de comunicação abrangentes, utilizando diversos canais de média, são essenciais para disseminar conhecimentos e orientações práticas sobre como agir em caso de terremotos.


Outro aspecto importante é o envolvimento ativo das comunidades locais na preparação para sismos. Exercícios simulados, treinamentos de primeiros socorros e a criação de planos de emergência comunitários podem contribuir significativamente para reduzir os impactos negativos de um evento sísmico real. Essa abordagem participativa não apenas aumenta a resiliência das comunidades, mas também fortalece os laços sociais e a cooperação entre os cidadãos.


É fundamental que todos os setores da sociedade, incluindo autoridades governamentais, instituições educacionais, organizações comunitárias e média, unam esforços para promover uma cultura de prevenção e preparação para riscos sísmicos. Somente através de uma conscientização abrangente e contínua, as pessoas estarão verdadeiramente capacitadas para enfrentar tais eventos naturais com confiança e resiliência.


Cooperação entre Governo, Setor Privado e Cidadãos


A mitigação eficaz dos riscos sísmicos e a capacidade de recuperação após um evento devastador requerem uma abordagem colaborativa envolvendo o governo, o setor privado e os cidadãos. Essa cooperação é fundamental para garantir esforços coordenados e maximizar os recursos disponíveis.


O governo desempenha um papel crucial na criação de um arcabouço legislativo sólido, no financiamento de iniciativas de prevenção e no planejamento de respostas a emergências. Leis e regulamentos rigorosos para a construção sismo-resistente, bem como investimentos em infraestrutura resiliente, são essenciais para minimizar os danos potenciais.


Por sua vez, o setor de seguros é fundamental para fornecer produtos e capacidade financeira que protejam os cidadãos e as empresas contra perdas catastróficas. Seguros abrangentes para riscos sísmicos devem ser amplamente disponíveis e acessíveis, permitindo uma recuperação mais rápida após um evento sísmico grave.


No entanto, a cooperação só será verdadeiramente eficaz se os cidadãos também desempenharem seu papel. É crucial que as pessoas adotem medidas de preparação, como a criação de kits de emergência, o desenvolvimento de planos de evacuação e a realização de simulações regulares. Além disso, é essencial que os cidadãos estejam cientes dos riscos e sigam as orientações das autoridades competentes durante e após um sismo.


Somente por meio de esforços coordenados e uma abordagem abrangente, envolvendo o governo, o setor privado e os cidadãos, Portugal poderá fortalecer sua resiliência e capacidade de enfrentar os desafios impostos por eventos sísmicos de grande magnitude.

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